Estava descendo da escola hoje à noite, e meu cadarço do all star desamarrou, e tinha o batente de uma casa, onde dava para apoiar meus livros e amarrar o cadarço tranquilamente, mas pensei: não, não vou amarrar agora, quando não der mais pra andar, eu paro e amarro!

Andando um pouco, o E. Santo começou a ministrar na minha vida através desse ato. Aí você pergunta: como? :S Então, uma analogia com nossa vida espiritual cabe perfeitamente.

O cadarço amarrado no tênis é uma metáfora a nossa vida de oração, de leitura da Palavra, de jejum e etc.; já os livros representam nossos afazeres, nossos problemas (…)

Há momentos em que a nossa vida devocional não está lá muito bem né? Paramos um pouco de ler, mais um pouco ainda de orar e jejuar. Neste momento ainda dá pra caminhar, dá pra ir levando. Mas tem um batente pra apoiar nossos problemas e afazeres quando ainda dá pra caminhar, só que pensamos assim: não, assim ta bom! Dá pra continuar, quando ficar muito ruim eu paro e retomo minha vida devocional.

Com o tempo eu fui andando, mas depois de um pouco, não dava mais pra continuar, simplesmente se eu andasse ia tomar uma queda. Mas nesse momento num tinha lugar algum pra apoiar meus livros, estava eu, parada no meio da rua, com livros na mão e um cadarço desamarrado. Cabe ressaltar que se eu continuasse mais um pouco, o tênis ia sair do meu pé.

Então, chega um momento que não dá mais pra andar sem comunhão com Deus, não dá pra levar, você está prestes a cair, mas os seus afazeres e problemas estão ocupando todo o seu tempo e você não tem condições nenhuma de largar tudo pra poder ajeitar sua vida espiritual, mas e aí? Se você continuar, toma uma queda, aí sim seus livros vão ser espalhados por toda a parte e pior que isso, você

Vai se machucar, e muito, pois seus pés vão estar do lado de fora do tênis. Você entende?

O único jeito é pegar os problemas, as coisas que tem nos sufocado e colocar no chão, colocar de lado por uns instantes, até você reorganizar o que é mais importante, a sua vida com Deus.

Agora no final, a pergunta que não quer calar: não seria mais fácil amarrar o cadarço quando ele tava solto só um pouquinho? Não era mais proveitoso? Você não teria ficado sufocado e desesperado, certo? Simplesmente você poderia andar sem medo de cair.

Assim é nossa vida cristã, é melhor, e bem melhor, ajeitar as coisas enquanto elas estão só um pouquinho fora do lugar, do que deixar pra arcar com as conseqüências depois!