Um anjo velho foi mostrar para um novo o planeta Terra.

Enquanto os dois se aproximam da estrela a que chamamos nosso sol e dos seus planetas circulantes, o anjo mais velho aponta para uma esfera pequena e um tanto insignificante que se movia muito lentamente sobre o seu eixo. Ela parecia tão sem graça quanto uma bola de tênis suja para o pequeno anjo, cuja mente estava cheia do tamanho e da glória de tudo quanto vira.

— Quero que você observe esse planeta em particular — disse o anjo mais velho, apontando com o dedo.

— Bem, parece muito pequeno e um tanto sujo — disse o pequeno anjo. — O que há de especial nele?

Para o pequeno anjo, entretanto, a terra não parecia tão impressionante. Ele ouvia aturdido e incrédulo enquanto o anjo mais velho lhe dizia que aquele planeta, pequeno e insignificante e não muito limpo, foi o famoso Planeta Visitado.

Você quer dizer que o nosso grande e glorioso Príncipe […] desceu em Pessoa para essa bolinha de quinta categoria? Por que ele fez uma coisa dessas? […]

O rosto do pequeno anjo enrugou-se de desgosto.

— Você está-me dizendo — ele disse — que ele desceu tão baixo para se tornar uma daquelas criaturas rastejantes e arrepiadoras daquela bola flutuante?

— Sim, e não penso que ele gostaria de que você as chamasse de “criaturas rastejantes e arrepiadoras” com esse tom de voz. Pois, por estranho que possa parecer para nós, ele as ama. Ele desceu para visitá-las a fim de torná-las parecidas com ele.

O pequeno anjo ficou pasmado. Tal pensamento estava quase além de sua compreensão.

retirado do livro: O Jesus que eu nunca conheci – Philip Yancey